03/02/2025 11h36 | Por: Alexandro Sousa/teixeiraurgente MTB-0006235
Funcionários terceirizados da AGAM Engenharia paralisaram as atividades da obra da nova rodoviária de Teixeira de Freitas, alegando falta de pagamento há mais de um mês. O Portal Teixeira Urgente foi acionado pelos trabalhadores, que denunciaram a situação crítica enfrentada na manhã desta segunda-feira, 3 de fevereiro.
De acordo com Uilan, encanador na obra, os funcionários estão sem receber há mais de 30 dias. “Quando cobramos da empresa, AGAM Engenharia eles dizem que o pagamento está sendo resolvido, mas nada acontece. Alegam que o governo do estado ainda não fez o repasse, o que trava o andamento da obra”, afirmou. Uilan também relatou que o avanço da construção é mínimo, devido à falta de recursos e mão de obra qualificada. Atualmente, há apenas um pedreiro atuando, com a maioria da equipe composta por ajudantes.
Outro funcionário, Marcelo, contou que colegas de trabalho já foram despejados de suas residências por falta de pagamento. “O proprietário da AGAM Engenharia disse que possui contratos com o estado em duas obras, mas o governo não realiza os repasses desde novembro do ano passado. Ele alega não ter condições de repassar os pagamentos aos terceirizados. Isso está causando necessidade extrema, com famílias sem alimentos e crianças fora da escola por falta de materiais escolares”, lamentou.
A obra da nova rodoviária tem valor estimado em R$ 8.324.923,72, sendo a CONDER responsável pela gestão dos recursos. Tentativas de contato com o engenheiro responsável pela obra não resultaram em entrevista, mas ele afirmou que a empresa está tentando resolver o impasse.
Durante a apuração, um funcionário relatou que um ex-fornecedor esteve na obra para cobrar uma dívida, sendo acionada a polícia, que o conduziu à delegacia. Os trabalhadores que aderiram à paralisação também afirmam ter sido ameaçados com a possibilidade de ação policial caso mantivessem o protesto.
(Lei 7.783/1989) regulamenta as greves, e o Artigo 9º da Constituição Federal assegura o direito, com exceções para serviços essenciais. No entanto, a greve dentro do local de trabalho não leva automaticamente à prisão, a menos que a legalidade seja violada.
O Portal Teixeira Urgente segue acompanhando o caso para atualizações futuras.
Áudio da entrevista.