12/05/2024 01h56 | Por: Genjicleia Rocha /teixeiraurgente
No último sábado, 11 de abril, a Exata Contabilidade, situada na Rua Eleosipo Cunha, no bairro Bela Vista em Teixeira de Freitas, foi palco de uma situação controversa envolvendo uma empresa de cursos e pais de alunos. Vários estudantes e seus responsáveis compareceram ao local após receberem convites para três horários diferentes (09h30, 11h30 e 14h00), com a promessa de receber um certificado de Honra ao Mérito Estudantil, indicando que os alunos haviam sido selecionados como os melhores de suas salas de aula.
Entretanto, ao chegar à Exata Contabilidade, os presentes foram descobertos. Em vez da conferência de premiação, foi realizada uma palestra de apresentação de curso, promovida pela empresa Ômega Preparatório em parceria com o Programa Crescer, que havia exclusivamente o Auditório da Exata Contabilidade. Quando questionados sobre o certificado prometido, um dos representantes informou que seria entregue após a palestra.
Inconformados com a situação, os pais manifestaram sua revolta. Um deles afirmou: “O que está acontecendo aqui é a venda de um curso. Vocês estão iludindo nossas crianças com promessas falsas. Eu quero o certificado que vocês prometeram na escola.”
Após um tumulto e discussões acaloradas, um dos representantes da empresa acabou entregando o certificado a um dos pais, sem identificar a aluna ou a escola. Isso gerou uma onda de indignação entre os presentes, que começaram a exigir os certificados para seus filhos e a esvaziar a sala.
Um dos pais, ao questionar se a conduta da empresa configurava crime, foi confrontado com a resposta de que poderia acionar a polícia caso acreditasse nisso. Dois pais, então, decidiram chamar a Polícia Militar. Quando a viatura chegou, ouviu os relatos dos pais e também um representante da empresa.
Segundo Alexandro Sousa, que é reporte um dos pais que acionaram a polícia, a empresa tem um histórico de abordagens enganosas nas escolas, prometendo certificados que acabam sendo vinculados à venda de cursos. Após a confusão, os militares aconselharam os pais a registrarem um boletim de ocorrência na Polícia Civil, o que foi feito por dois deles. Um dos pais chegou a relatar que sua filha ficou febril de ansiedade pelo certificado.
O representante da empresa, identificado como João Equecio Gonçalves Matos, deveria comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos. No entanto, até o horário em que os pais estavam na delegacia aguardando por ele, por volta das 17h30, ele não havia comparecido como havia prometido aos militares que estava se dirigindo para lá. Essa situação gerou indignação e levantou questões sobre a conduta ética da empresa e seus métodos de marketing.
Em nossa conversa com um advogado, ele nos explicou que, após analisar o convite, viu que a forma de abordagem da empresa sempre foi a mesma. Para chamar a atenção dos alunos e dos pais, eles prometem certas situações ou até mesmo vantagens, porém, quando chegam ao local, não encontram nada daquilo que foi anunciada no convite, apenas a venda de cursos. Todos os que se sentem enganados devem acionar a polícia e exigir que todos os envolvidos sejam conduzidos à delegacia. Além disso, não devem deixar de registrar um boletim, já que, como não há o PROCON aqui, o meio é a delegacia da Polícia Civil.
