Falta de apoio da Prefeitura de Nova Viçosa leva ao cancelamento da Copa União Extremo Sul de Karatê

Evento esportivo que promoveria inclusão e disciplina é abandonado pela gestão municipal

A cidade vive mais um capítulo de descaso com o esporte. A Copa União Extremo Sul de Karatê, marcada para o dia 6 de julho de 2025 no distrito de Posto da Mata, foi oficialmente cancelada. O motivo? A ausência total de apoio da Prefeitura Municipal de Nova Viçosa, segundo informou a Comissão Organizadora do evento em nota pública divulgada nesta sexta-feira (6).

A copa, que reuniria atletas de toda a região, vinha sendo preparado com dedicação por professores, árbitros, academias e voluntários. No entanto, sem a mínima estrutura garantida pela gestão municipal, como segurança, local adequado, transporte e logística, a realização se tornou inviável.

“É inadmissível que, em pleno 2025, a política esportiva da cidade continue refém de uma mentalidade limitada, que só enxerga o futebol como esporte digno de investimento público”, afirma a nota da comissão.

A crítica vai além da falta de estrutura. A organização acusa a prefeitura de ignorar deliberadamente esportes que promovem inclusão social, disciplina, saúde e oportunidades reais para jovens da periferia e comunidades carentes.

Discriminação esportiva?

Para os envolvidos com o karatê, a situação escancara uma política esportiva seletiva e excludente, onde apenas algumas modalidades recebem atenção, enquanto outras sobrevivem à base de vaquinhas, rifas e boa vontade da comunidade.

A indignação é geral entre atletas e professores que, há anos, formam campeões dentro e fora dos tatames. O cancelamento da Copa não apenas frustra centenas de jovens, como evidencia a falta de compromisso da gestão municipal com um esporte que vai muito além da competição: o karatê é ferramenta de transformação social.

2026 como esperança

Apesar da frustração, a comissão organizadora já promete reagir. Segundo o comunicado, os preparativos para a edição de 2026 já começaram, com a meta de realizar o evento com ainda mais força, mesmo que para isso seja preciso buscar apoio fora do poder público local.

“Seguimos firmes na luta por um esporte mais justo, plural e acessível. Nossa resposta virá com trabalho, união e resistência”, conclui a nota.