Vídeo: Delegado de Nanuque fala da operação contra esquema de corrupção envolvendo vereadores e funcionários municipais


22/03/2024 00h10 | Por: Alexandro Sousa/teixeiraurgente MTB-0006235/BA

A Polícia Civil realizou uma operação em Nanuque, na última quarta-feira (20), cumprindo 10 mandados de busca e apreensão. A investida tinha como alvo vereadores da Câmara Municipal e funcionários da Secretaria Municipal de Obras, suspeitos de participarem de uma organização criminosa. Desde 2021, esses políticos estariam envolvidos em práticas de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em documentos e falsidade ideológica.

As investigações, que tiveram início há um ano, revelaram indícios de direcionamento de processos licitatórios para empresários, utilizando laranjas, visando a celebração de contratos com a prefeitura. Um dos focos das negociações era a locação de maquinário pesado. A Polícia Civil constatou que os registros de horas de utilização dessas máquinas estavam inflacionados, com algumas sequer sendo utilizadas e outras apresentando defeitos, embora fossem consideradas ativas no contrato.

Foto: PCMG

Como resultado da operação, o presidente da Câmara, outro vereador e duas funcionárias municipais foram afastados de seus cargos. Os envolvidos são Frank Albert Garcia, vereador pelo AVANTE; Jesualdo Pereira Damascena, vereador pelo DEM; Josélia Amaral dos Santos, secretária municipal de obras; e Laís de Souza Almeida Damascena, chefe da Divisão de Parques, Jardins e Controle Ambiental, além de nora do vereador Jesualdo.

Batizada de “Machine“, a operação faz referência aos contratos de licitação que envolviam a locação de máquinas para serviços municipais. O delegado Luiz Bernardo afirmou que as investigações revelaram um prejuízo ao erário público de aproximadamente quatro milhões e seiscentos mil reais. Ele destacou que essa organização criminosa operava com o respaldo do poder legislativo local. A Polícia Civil ressaltou que as investigações estão em curso e que a operação terá desdobramentos adicionais.

Segundo informações obtidas pela nossa reportagem, um prédio que supostamente seria utilizado como escritório de uma das empresas investigadas, denominada Novo Horizonte, foi alvo das investigações. A empresa, suspeita de prestar serviços de Pré-moldados,maquinaria, entre outros, para a prefeitura, apresentava apenas uma mesa com papéis de escritório e uma mulher que se identificou como proprietária da empresa no contrato social, mas que na verdade era apenas uma manicure. A polícia informou que a mulher seria uma das laranjas na organização criminosa.

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