03/09/2024 19h10 | Por: Alexandro Sousa/teixeiraurgente MTB-0006235
A vida política em Teixeira de Freitas, uma das principais cidades do extremo sul da Bahia, tem sido marcada por acontecimentos que não passam despercebidos pelos eleitores atentos. Em uma época onde o diálogo entre candidatos e população deveria ser uma prioridade, as recentes ausências de dois importantes políticos em entrevistas agendadas causam estranheza e alimentam discussões sobre a transparência e o compromisso dos postulantes aos cargos de prefeito e vice-prefeito.
Tudo começou no dia 26 de agosto, quando a Rádio Livre, iniciou uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Teixeira de Freitas. A iniciativa, que teve como objetivo aproximar os políticos dos eleitores, oferecendo-lhes um espaço para expor suas propostas e responder a perguntas diretas da comunidade, e queria ouvir dos candidatos soluções para os problemas crônicos da cidade, como saúde, educação, segurança e infraestrutura, aguardava com expectativa cada uma das entrevistas.
No dia 27 de agosto, seria a vez do atual prefeito e candidato à reeleição, Dr. Marcelo Belitardo, falar aos microfones da Rádio Livre. Entretanto, para surpresa de muitos, o prefeito não compareceu. A ausência gerou uma onda de especulações e críticas nas redes sociais e em rodas de conversas pela cidade. Afinal, por que o prefeito, que busca a recondução ao cargo, não aproveitou a oportunidade para dialogar diretamente com os eleitores? O silêncio de Dr. Marcelo foi interpretado por alguns como uma demonstração de desrespeito ao eleitorado, enquanto outros preferiram acreditar que havia uma justificativa plausível para sua ausência.
Os dias seguintes foram marcados por um crescente sentimento de desconfiança. O eleitor teixeirense, já acostumado a ver promessas não cumpridas e gestões ineficazes, começou a questionar as verdadeiras intenções daqueles que aspiram liderar o município. O que seria um simples desencontro de agendas começou a tomar proporções maiores, especialmente porque a Rádio Livre seguiu com sua programação, mantendo o compromisso de entrevistar todos os candidatos.
Nessa terça-feira, 3 de setembro, o entrevistado da vez seria o vereador Mateus Guerra, que compõe a chapa como candidato a vice-prefeito. Mateus, que construiu sua carreira política em Teixeira de Freitas, é uma figura conhecida, com uma base de apoio sólida, especialmente entre os moradores dos bairros mais periféricos da cidade. Seu histórico como vereador mostra um político atuante, que, ao longo dos anos, se posicionou em temas cruciais para a população.
Uma grande expectativa em torno de sua entrevista, já que muitos queriam saber como ele conciliaria suas propostas com as do atual prefeito, caso a chapa fosse eleita. Contudo, assim como aconteceu com o prefeito, Mateus Guerra também não compareceu à entrevista. A frustração dos ouvintes foi imediata, e as redes sociais da cidade novamente se encheram de comentários indignados. Se antes a ausência de Dr. Marcelo havia causado estranheza, a de Mateus Guerra consolidou uma sensação de que algo estava errado. O que estaria por trás desse comportamento? Medo de enfrentar perguntas difíceis? Falta de preparo para lidar com a pressão de uma campanha eleitoral? Ou simplesmente desinteresse em prestar contas ao público?
Mas afinal, o que poderiam estar evitando Dr. Marcelo Belitardo e Mateus Guerra? Entre as principais preocupações da população de Teixeira de Freitas está a situação da saúde pública. Há anos, o município enfrenta sérios desafios nesse setor, que vão desde a falta de medicamentos básicos nos postos de saúde até a superlotação do hospital municipal.
“Os teixeirenses estão cansados de promessas vazias. Queremos saber o que será feito de concreto para melhorar a Sáude em nossa cidade. Será que esses candidatos têm medo de responder a essas perguntas?”.
