29/11/2024 15h12 | Por: Redação/teixeiraurgente
A Polícia Civil de Itamaraju, com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo, prendeu na última quinta-feira (28) quatro pessoas suspeitas de integrar uma associação criminosa especializada em fraudes processuais em Juizados Especiais Cíveis dos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Sergipe. A ação foi denominada “Operação Caçada”.
As investigações, iniciadas em abril deste ano, revelaram que o grupo utilizou documentos falsos para mover ações indenizatórias fraudulentas contra bancos, operadoras de telefonia e operadoras de energia elétrica, alegando negativação de indevida de nomes. O esquema foi identificado após advogados da operadora Claro detectarem irregularidades em um processo no Juizado Especial de Itamaraju.
Esquema detalhado
Os suspeitos, identificados como Erisvaldo Araújo de Souza, 42 anos; Adeilton Adão Oliveira, 42 anos; Adriana Rosa Neves de Souza, 34 anos; e Ivanilda Ferreira de Souza, 35 anos, escolheram cidades estratégicas para ingressar com as ações fraudulentas, aproveitando-se das audiências virtuais para evitar deslocamentos.
Na residência de Adeilton Adão Oliveira, localizada em Vila Velha (ES), foram encontrados diversos documentos falsificados e outros falsos de sua participação ativa nas fraudes. Ele confessou ser o responsável por organizar as audiências virtuais, realizadas em seu quarto, mas negou ser o autor das falsificações, atribuindo essa função a um terceiro, ainda não identificado, que fornecia dados de pessoas com nomes negativos.
Além de Adeilton, foram presos:
Adriana Rosa Neves de Souza , ex-companheira de Adeilton, na cidade de Serra (ES), onde também foram encontrados documentos falsos e registros de audiências fraudulentas recentes.
Ivanilda Ferreira de Souza , atual companheira de Adeilton, que confessou envolvimento no esquema.
Erisvaldo Araújo de Souza , participante de audiências fraudulentas em Itamaraju, Feira de Santana e Ilhéus, que alegou ser alcoólatra e disse participar das fraudes para sustentar a dependência.
As buscas resultaram na apreensão de identidades falsas, carimbos de terceiros e mensagens que confirmam o modus operandi da organização criminosa.
Até o momento, a polícia acordou mais de 81 processos fraudulentos protocolados pelo grupo nos estados investigados. As autoridades estão trabalhando para localizar o terceiro suspeito, apontado como responsável pelo acesso a dados de pessoas negativadas e produção de documentos falsificados.
Os envolvidos permaneceram detidos e à disposição da Justiça. A Polícia Civil continua investigando possíveis ramificações do esquema.